Por Jean Tranjan e Ana Karolyne
A imprensa gay surgiu no Brasil na década de 60, com o jornal Snob. Foi a primeira publicação abertamente gay que surgiu no país, no ano de 1963. Seu idealizador Agildo Guimarães nasceu em Recife e só conseguiu se assumir homossexual quando mudou para o Rio de Janeiro. Ele foi um dos representantes de uma geração em que era necessário mudar de cidade para se assumir homossexual, e as metrópoles por serem mais tolerantes eram as melhores opções.
Nas décadas de 60 e 70, muitos movimentos de contra cultura começaram a surgir e com eles uma imprensa alternativa forte que dava voz às pessoas que estavam situadas às margens da sociedade, e o Snob veio para dar voz aos homossexuais.
O conteúdo do jornal era formado principalmente de colunas de fofoca, concursos de contos e poesias, moda, beleza, entrevistas, palavras cruzada e reportagens. Os principais elementos da linguagem utilizados nas publicações eram o sarcasmo, a ironia e o duplo sentido, como se vê no editorial da primeira edição: “...e como não somos nem de direita, nem de esquerda o melhor mesmo é ficar pelo centro.” Era uma publicação bem simples, em folha A4 dobrada, datilografada e impressa em mimeógrafo.
Diversos jornalistas colaboravam com o jornal. Usavam pseudônimos para assinar suas matérias pois o anonimato era a única forma de se sentirem seguros para expressarem suas ideias. Agildo editava o jornal com o nome de Gilka Dantas.
A partir de 1968, o Snob tornou-se uma publicação mais aberta a assuntos políticos e a teses feministas e do movimento gay que nasciam nos Estados Unidos. Isso se deu devido a um questionamento que Hélio Gato Preto, um dos colaboradores, começou a fazer dentro do grupo. Ele queria fugir do estereótipo criado em torno da feminilização dos homossexuais. Também influenciado pelo movimento estudantil trouxe uma nova cara ao jornal que passou a abordar não só assuntos como moda e fofoca, mas também começou a publicar matérias sobre a Guerra do Vietnã, Maio de 68 e o movimento Hippie.
O jornal causou muito impacto e gerou muita influência pelo estilo que inaugurou. Inspirou o surgimento de mais de trinta publicações entre 1964 e 1969. Ao todo foram produzidas 99 edições até Junho de 1969.
Fonte: A Imprensa Gay no Brasil de Flávia Peret. Publifolha, 2011
A imprensa gay surgiu no Brasil na década de 60, com o jornal Snob. Foi a primeira publicação abertamente gay que surgiu no país, no ano de 1963. Seu idealizador Agildo Guimarães nasceu em Recife e só conseguiu se assumir homossexual quando mudou para o Rio de Janeiro. Ele foi um dos representantes de uma geração em que era necessário mudar de cidade para se assumir homossexual, e as metrópoles por serem mais tolerantes eram as melhores opções.
Nas décadas de 60 e 70, muitos movimentos de contra cultura começaram a surgir e com eles uma imprensa alternativa forte que dava voz às pessoas que estavam situadas às margens da sociedade, e o Snob veio para dar voz aos homossexuais.
O conteúdo do jornal era formado principalmente de colunas de fofoca, concursos de contos e poesias, moda, beleza, entrevistas, palavras cruzada e reportagens. Os principais elementos da linguagem utilizados nas publicações eram o sarcasmo, a ironia e o duplo sentido, como se vê no editorial da primeira edição: “...e como não somos nem de direita, nem de esquerda o melhor mesmo é ficar pelo centro.” Era uma publicação bem simples, em folha A4 dobrada, datilografada e impressa em mimeógrafo.
Diversos jornalistas colaboravam com o jornal. Usavam pseudônimos para assinar suas matérias pois o anonimato era a única forma de se sentirem seguros para expressarem suas ideias. Agildo editava o jornal com o nome de Gilka Dantas.
A partir de 1968, o Snob tornou-se uma publicação mais aberta a assuntos políticos e a teses feministas e do movimento gay que nasciam nos Estados Unidos. Isso se deu devido a um questionamento que Hélio Gato Preto, um dos colaboradores, começou a fazer dentro do grupo. Ele queria fugir do estereótipo criado em torno da feminilização dos homossexuais. Também influenciado pelo movimento estudantil trouxe uma nova cara ao jornal que passou a abordar não só assuntos como moda e fofoca, mas também começou a publicar matérias sobre a Guerra do Vietnã, Maio de 68 e o movimento Hippie.
O jornal causou muito impacto e gerou muita influência pelo estilo que inaugurou. Inspirou o surgimento de mais de trinta publicações entre 1964 e 1969. Ao todo foram produzidas 99 edições até Junho de 1969.
Fonte: A Imprensa Gay no Brasil de Flávia Peret. Publifolha, 2011
Capa do numero 95 de "O Snob". Crédito: www.botadentro.com.br
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