Por Glicieli Martins
O jornal Movimento foi uns dois principais veículos que resistiu arduamente a censura e a repressão do regime militar e conseguiu bravamente publicar suas 334 edições, entre várias vitórias e derrotas. Sua essência estava baseada na luta pelo direito dos trabalhadores e dos indivíduos e na democracia.
“A despeito de todos os seus erros, Movimento foi um exemplo do esforço de unir as diversas correntes do campo democrático-popular. Foi, além disso, um semanário de alta qualidade.” (AZEVEDO,2011)
Raimundo Rodrigues almejava um jornal que fosse elaborado e construído coletivamente, de forma que a democracia prevalecesse. Essa nova estrutura de construção já dizia por si mesmo que havia ali uma reação ao cenário político que se configurava na época.
O jornal Movimento foi uns dois principais veículos que resistiu arduamente a censura e a repressão do regime militar e conseguiu bravamente publicar suas 334 edições, entre várias vitórias e derrotas. Sua essência estava baseada na luta pelo direito dos trabalhadores e dos indivíduos e na democracia.
“A despeito de todos os seus erros, Movimento foi um exemplo do esforço de unir as diversas correntes do campo democrático-popular. Foi, além disso, um semanário de alta qualidade.” (AZEVEDO,2011)
Raimundo Rodrigues almejava um jornal que fosse elaborado e construído coletivamente, de forma que a democracia prevalecesse. Essa nova estrutura de construção já dizia por si mesmo que havia ali uma reação ao cenário político que se configurava na época.
O jornal Movimento foi lançado no auge de grande repressão e censura, e com isso ele já sai da redação censurado. A primeira capa não era convidativa, mas o conjunto dos elementos (foto, escolha de termos, questionamentos) registrava um jornal que promoveria discussões sociais e políticas. A imagem dos trilhos remete à população mais pobre, assim como o termo subúrbio. A pergunta na capa “Você é a favor do acordo atômico?” elicita um jornal que não somente informaria, mas questionaria e iria fazer o leitor pensar.
“E nasceu feio. A capa não convidava o leitor, dava a impressão de que nem fora paginada, toda negra. Logo abaixo do logotipo com o nome do jornal, vazado em branco, lia-se “Ano 1 nº 1 Cr$ 5,00”.1 Mais nada, nem data trazia. Na metade superior, sobre o fundo negro, uma foto obscura, um homem em pé, o rosto não aparecia, parado entre os trilhos de uma estrada de ferro.” (AZEVEDO,2011)
Assim como todos os jornais desse período o Movimento era visitado diariamente pelos censores do regime que aprovavam ou rejeitavam os conteúdos que iriam ser publicados, os colaboradores e jornalistas tinha que produzir vários modelos do mesmo conteúdo para ampliarem a capacidade de aceitação dos censores.
“Na semana de lançamento, os editores e a equipe se revezaram entre a redação, a sede da Polícia Federal e as oficinas. O esforço para suprir os “buracos” da tesoura não foi pequeno; os censores vetaram nada menos que quatro propostas de capas do jornal, além de 18 matérias inteiras, 8 fotografias, 10 ilustrações e 12 charges.” (AZEVEDO,2011)
O jornal foi dirigido por Sergio Motta e ganhou uma dimensão nacional, sua sede era em São Paulo, mas o jornal teve surcusais no Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais, Campinas, Salvador, Recife, Belém, Curitiba, Londrina, Porto Alegre. O jornal se sustentava com o dinheiro das ações, chegando a ter mais de 500 acionistas.
Cada publicação realizada era uma grande conquista de combate à repressão e promoção do bom jornalismo, o jornal atingia altos padrões de qualidade que iam desde o conteúdo até a diagramação do jornal. As imagens escolhidas também pareciam estar em sintonia com o espírituo de luta do jornal, que contribuiam para construir um jornal forte, equilibrado e dedicado à denúncia de uma sociedade aprisionada e marginalisada.
BIBLIOGRAFIA
Azevedo, Carlos Jornal Movimento : uma reportagem/ com reportagens de Marina Amaral e Natalia Viana. Editora Manifesto: Belo Horizonte, MG : Editora Manifesto, 2011.
Jornal Movimento - Ano 1 nº 1 |
“E nasceu feio. A capa não convidava o leitor, dava a impressão de que nem fora paginada, toda negra. Logo abaixo do logotipo com o nome do jornal, vazado em branco, lia-se “Ano 1 nº 1 Cr$ 5,00”.1 Mais nada, nem data trazia. Na metade superior, sobre o fundo negro, uma foto obscura, um homem em pé, o rosto não aparecia, parado entre os trilhos de uma estrada de ferro.” (AZEVEDO,2011)
Assim como todos os jornais desse período o Movimento era visitado diariamente pelos censores do regime que aprovavam ou rejeitavam os conteúdos que iriam ser publicados, os colaboradores e jornalistas tinha que produzir vários modelos do mesmo conteúdo para ampliarem a capacidade de aceitação dos censores.
Capa da edição 80, 10 de janeiro de 1977 |
O jornal foi dirigido por Sergio Motta e ganhou uma dimensão nacional, sua sede era em São Paulo, mas o jornal teve surcusais no Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais, Campinas, Salvador, Recife, Belém, Curitiba, Londrina, Porto Alegre. O jornal se sustentava com o dinheiro das ações, chegando a ter mais de 500 acionistas.
Cada publicação realizada era uma grande conquista de combate à repressão e promoção do bom jornalismo, o jornal atingia altos padrões de qualidade que iam desde o conteúdo até a diagramação do jornal. As imagens escolhidas também pareciam estar em sintonia com o espírituo de luta do jornal, que contribuiam para construir um jornal forte, equilibrado e dedicado à denúncia de uma sociedade aprisionada e marginalisada.
BIBLIOGRAFIA
Azevedo, Carlos Jornal Movimento : uma reportagem/ com reportagens de Marina Amaral e Natalia Viana. Editora Manifesto: Belo Horizonte, MG : Editora Manifesto, 2011.
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