Por Thiago Maia
Em As Grandes Entrevistas do Pasquim, publicado em 1975, Jaguar, autor do livro, começa com uma declaração interessante. Confira abaixo:
“Quando saiu o primeiro número de "O PASQUIM", em 26 de junho de 1969 (tiragem: 20.000 exemplares) todo mundo disse que não chegaria ao número 4. Quando saiu o número 4, todo mundo garantiu que não chegaria ao número 10. Depois ninguém disse mais nada porque logo "O PASQUIM" estava vendendo 200.000 exemplares. Fomos em frente e, agora, no momento em que escrevo esta nota, já estamos no número 291 e com quase 6 anos de edições ininterruptas (apesar de... bom, deixa pra lá) o que nos coloca, a nós, editores de um jornal de contestação, (mesmo porque não existe humor a favor) na constrangedora situação de admitirmos que "O PASQUIM" está se transformando numa tradição da imprensa brasileira.
AS ENTREVISTAS DO PASQUIM, nas palavras de Jaguar:
“Desde o primeiro número, a grande novidade de "O PASQUIM" foram as entrevistas. A gente chegava, tomava umas biritas com o entrevistado (quando o entrevistado não bebia, a gente bebia por ele) ligava o gravador e depois mandava alguém datilografar o resultado do papo. Enquanto isso escrevíamos como se fala, sem grandes preocupações estilísticas, nada a ver com a Academia Brasileira de Letras. A princípio as pessoas ficaram meio escandalizadas ao verem a linguagem falada, que os acadêmicos chama de chula, em letra de forma. Mas logo se acostumaram. E, modéstia à parte, a chamada grande imprensa e os publicitários foram nas nossas águas”.
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